Deixas escapar o
sorriso.
Há uma vida que
sobressai dentro de ti.
A minha. Talvez.
Estimo-te. Quero-te
por dentro do abraço. Por dentro dos dias. Por dentro das noites.
Por dentro de todos os segundos.
Resgato-me sem
hesitações. Interpreto o amor. Próximo de ti. Imediato a nós.
Amor que tortura de tanta verdade.
Trago-te nos olhos.
Distintos. Abafo-te de aspirações. Engulo a saudade. E a certeza de
um sentimento não correspondido.
Percorro-te no
avesso das coisas. Das banais. Ou não. Torno a mão. E os dedos.
Nasce a indignação
em mim. As forças debilitam-se. Sobre o tempo corre a inércia. A
improficuidade de te pertencer. A inutilidade de te exigir.
Dor que chega a ser
pudor. Consinto. Venero toda a tua existência. Que toca as estrelas.
Mas que o coração não declara.