André Marques, o próprio.

André Marques, o próprio.
André Marques, o próprio.

terça-feira, 29 de abril de 2014

O baloiço

O dia apresenta-se ensolarado. Pouco dramático. Um pouco excessivo, confesso. Observo-te de longe. Desamparas de um baloiço. O da vida. Aceitas, humilde que és. E continuas. A oscilar, perante um mundo que te pertence. Assumo a minha ausência. Nunca fui suficiente a demonstrar sentimentos. Talvez um dia sejamos um só. Talvez um dia partilhemos o mesmo balanço. O que existe fora de nós. O embalo necessário. A timidez existente. A minha. E a timidez condiciona o coração alheio, arrebata a solidão. Como diz o Neruda.





terça-feira, 15 de abril de 2014

100 histórias...Conta essa história outra vez

Dia 4 de Maio, Lisboa. Lançamento do livro "100 histórias...Conta essa história outra vez". Não percam de vista o meu "João Bochechas". O poder da amizade. O poder da união. O poder da vida.



Sonha-te em grande

Sustento um jardim de gargalhadas. Espero-te no portão velho e esganiçado. Verde alface, arruinado. Sossego-te rodeado de flores. Para que me conheças. Para que nunca te esqueças. Daquilo que sou. Para ti. Deixa crescer as flores. Como este amor que teima em não diminuir. O meu. Por ti. Faz de nós um ser único. Como fazem os grandes amores. Acima de qualquer flor. Acima de qualquer erva daninha. Mostra-me quem és. Aceita o florido que habita dentro de mim. Dentro do meu corpo. Ou coração. E não te esqueças de fechar a porta da rua. Quando saíres.

sábado, 12 de abril de 2014

O acaso

Um estranho curva a esquina. A do meu corpo. Uma questão de segundos. Rasgo um sorriso. E prossigo. A vida é feita de encontros inesperados. Ganha o sabor do desconhecido. O melhor. O desconforto natural do adeus. Adquire a insensatez de um ângulo desajeitado. E percorre. Sempre da mesma forma. Até ao fim. É a vida. Ou uma parte dela.

sábado, 5 de abril de 2014

O meu pénis

O meu pénis anda entorpecido. Sinto-o um pouco ébrio. Este meu amigo de outras datas, mal o reconheço. Talvez seja pela depressão que estou a atravessar. Como quem cavalga um deserto. De um lado ao outro. Acorda, seu traidor! Ergue-te como um homem, meu sacana! E desperta-me também. Deste silêncio vazio. Levanta o fogo que há em ti, despe-te de preconceitos, e ataca o máximo possível. Em todas as frentes. E em todas as traseiras. As que conseguires angariar. Hoje, amanhã e depois. Só não contes toda a verdade. Não quero que te sintas mal. Não quero que te revejas em mim. Não quero.